Foto: Retronews

Os Três Dias Gloriosos marcaram a história Francesa e inspiraram Delacroix a pintar o famoso quadro “A Liberdade Guiando o Povo”.

A Revolução marcou também a subida de Louis Philippe, duque de Valois, Chartres e depois Orléans, ao trono francês, sendo este último o último reinado soberano do ramo mais antigo dos Bourbons.

Foto: Estudo Prático

●     Três Dias Gloriosos

A Revolução Francesa de 1830, também conhecida como Revolução de Julho, Segunda Revolução Francesa ou Três Dias Gloriosos (Trois Glorieuses em Francês).

Apesar do reinado de Louis XVIII ter sido marcado pela moderação, a ascensão de Carlos X reviveu o absolutismo de direito divino, o favorecimento à nobreza e a sufocação da burguesia. Conheça mais sobre o reinado de Louis XVIII e Carlos X.

Depois de ordenar que as eleições gerais fossem realizadas, Carlos não ficou satisfeito com os resultados e em 6 de julho de 1830, suspendeu a constituição.

Além disso, ele emitiu quatro ordens, censurando a imprensa, dissolvendo a câmara recém-eleita, mudando o sistema eleitoral e pedindo a realização de novas eleições em setembro.

O descontentamento causado por essas mudanças e a nomeação autoritária de Carlos X do Ultra príncipe de Polignac como ministro culminaram em um levante nas ruas de Paris.

Nos dias 27, 28 e 29 de julho de 1830, conhecidos como os três dias gloriosos, o povo de Paris e as sociedades secretas republicanas, liderados pela burguesia liberal, fizeram uma série de levantes contra Carlos X.

Levantaram-se barricadas na capital francesa e generalizou-se da luta civil. As revoltas populares sucediam-se a tal ponto que a própria Guarda Nacional acabou por apoiar, aderindo à sedição.

Foto: Wikipedia

O quadro A Liberdade guiando o povo é uma pintura de Eugène Delacroix em comemoração à Revolução de Julho de 1830.

A pintura mostra uma mulher representando a Liberdade, guia o povo por cima dos corpos dos derrotados, empunhando a bandeira tricolor da Revolução francesa em uma mão e brandindo um mosquete com baioneta na outra.

A revolução de julho de 1830 criou uma monarquia constitucional. Em 2 de agosto, Carlos X e seu filho Dauphin abdicaram de seus direitos ao trono e partiram para a Grã-Bretanha.

Embora Carlos X pretendesse que seu neto, o duque de Bordeaux, assumisse o trono como Henrique V, os políticos que compuseram o governo provisório colocaram no trono um primo distante, Louis Philippe, da Casa de Orléans, que concordou em governar como um monarca constitucional.

 

Foto: Wikipedia

 

●     Rei Louis Philippe

Louis-Philippe d’Orléans nasceu no Palais Royal em Paris em 6 de outubro de 1773, também conhecido como duque de Chartres, duque de Valois e duque de Orléans.

Seu pai era Louis Philippe José de Orléans, um dos membros da Casa de Orléans, que era uma divisão menor da Casa de Bourbon.

Louis tornou-se um defensor da Revolução Francesa. Sob a influência de sua governanta, Madame de Genlis, ingressou no clube dos Jacobinos e apoiou notavelmente a formação da Constituição Civil do clero.

Foto: Château de Versailles

No período em que a França enfrentou o Sacro Império Romano Germânico no ano de 1792, Louis fez parte das fileiras que eram comandadas por Charles François Dumouriez, participando dos conflitos de Jemappes e de Valmy.

Porém, Louis acabou aliando-se aos inimigos e, por este motivo, foi acusado de conspirar contra seu país, tendo que se refugiar na Suíça e viver com uma falsa identidade para não ser reconhecido.

Enquanto isso, seu pai mudou seu nome para Philippe Égalité e foi eleito para a Convenção Nacional em Paris, mas em novembro de 1793 Égalité é executado tornando seu filho Louis Philippe duque de Orleans.

No entanto, recusou-se a aceitar qualquer plano de se estabelecer como rei na França, possivelmente porque estava negociando com os revolucionários a libertação de seus dois irmãos, o duque de Montpensier e o conde de Beaujolais, que haviam sido presos ao mesmo tempo como seu pai.

Em 1809 ele foi para a Sicília e casou-se com Maria Amélia de Bourbon, filha de Fernando IV, rei de Nápoles.

Após a abdicação de Napoleão Bonaparte em 1814, Louis Philippe voltou a morar na França, onde recebeu o título de duque de Orleans, que seu pai usava, e foi restaurado no Palais Royal.

Sob a Restauração, os reinados de Louis XVIII e Carlos X, a popularidade de Louis-Philippe cresceu.

Foto: Britannia

Convencido de que um dia teria um papel político na França, Louis Philippe só conseguiu implementar seus planos após a queda de Carlos X em julho de 1830, Louis subiu ao trono sob o nome de Louis Philippe I, rei dos franceses.

Considerado como uma monarquia constitucional, seu reinado favoreceu a burguesia em um período em que a nação francesa iniciava um processo de Revolução Industrial.

Seus oponentes recorreram a intrigas políticas, insurreições e até planos de assassinato. Em julho de 1835, um atentado à vida do rei por Giuseppe Fieschi resultou na morte de 18 pessoas e no ferimento de muitos outros, mas a família real escapou dos ferimentos.

Devido aos vários atentados contra sua vida, teve de aplicar medidas severas e restritivas das liberdades.

A industrialização e o crescimento urbano deram novas características ao movimento republicano, e a crise econômica de 1846 precipitou a revolução.

Em 1846, a colheita foi muito ruim, o aumento dos preços do trigo, que atingiram recorde e para compensar a escassez, o governo importou trigo da Rússia imperial, o que tornou a balança comercial negativa.

Em 1847, o rei, que tem 75 anos, se torna cada vez mais autoritário e esquece que ele está lá apenas para representar a continuidade do estado.

Uma mudança parecia inevitável na França. Diante da chamada “campanha de banquetes”, iniciada em 1847 pelos que desejavam uma reforma parlamentar.

O rei se viu obrigado a abdicar em favor de seu neto Filipe de Orléans, conde de Paris, e exilou-se em Claremont, Surrey, Reino Unido, onde permaneceu pelo resto de sua vida. Os revolucionários, porém, negaram-se a reconhecer o sucessor e proclamaram a segunda república.

 

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